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Livro focaliza perfis e discursos de governadores


Será na terça-feira, 29, na livraria do Luiz, na Galeria Augusto dos Anjos, centro de João Pessoa, às 18,30h, o lançamento do livro “A Fala do Poder – Perfis e Discursos Comentados de governadores da Paraíba”, de autoria do jornalista Nonato Guedes, com prefácio do ex-senador Marcondes Gadelha (PSC), chancela da “Forma Editorial”, do publicitário Carlos Roberto de Oliveira, capa de Milton Nóbrega, editoração de Juca Pontes e revisão de Martinho Moreira Franco.
O livro abrange o período de 1966, com a investidura de João Agripino Filho no governo da Paraíba, a 2011, com a posse do governador Ricardo Vieira Coutinho. Reúne todos os discursos de posse e análises do autor, nascido em Cajazeiras em 1958 e radicado em João Pessoa desde 1978, onde atuou em praticamente todos os veículos de comunicação, de rádio à TV, jornal e revista, tendo sido correspondente do jornal “O Estado de São Paulo” e presidente da Associação Paraibana de Imprensa.
No prefácio, Marcondes Gadelha considera a obra pioneira, porque enfoca a vida política e administrativa do Estado num período de 46 anos. Diz que o livro é calcado na própria elocução do Poder, no instante mesmo da investidura dos seus titulares. “É uma nova e criativa maneira de acompanhar a evolução do Estado, tendo os próprios governadores como matriz, uma proposta tão original e instigante que transcende a soma de suas peças constitutivas: crônica, memória, historiografia e jornalismo”.
Gadelha ressalta que os discursos de posse são epítome e sagração da vida democrática porque resumem e solenizam os ideais e propósitos do pluralismo e da prática política: a rotatividade do poder, a disputa eleitoral e a relação entre governantes e governados. “Lidam com matéria nobre, isto é, esperanças,sonhos, expectativas e confiança, e engendram, por isso mesmo, um estado de espírito especial”. Para Marcondes, além da retórica, é possível entrever o contexto, os marcos institucionais e legais, as técnicas de campanha, as intenções, os compromissos e a atitude geral.
Avaliando o texto de Nonato como leve, bem humorado e preciso, acentua que tudo isso faz de “A Fala do Poder” uma elegante aventura do espírito à qual vale integrar-se. No livro, conclui Gadelha, o leitor se apropria, ou melhor, toma posse dos fatos da história paraibana por meio século e com relativo conforto, sem ter que subir num palanque ou estender uma gambiarra. “Mas acima de tudo passa a conhecer melhor os seus líderes, aqueles que abriram caminhos e fizeram acontecer, aqueles que contribuíram para que a Paraíba se tornasse o que é. E que, para isso, viveram com paixão cada dia do seu mister. Que amaram exaustivamente o Poder, mas que amaram acima de tudo esta gente e a sua gente”, proclama.
Sob o título “Conversando com o leitor”, Nonato Guedes afirma, na apresentação, que a oratória é um dom para quem a pratica e um deleite para quem a ouve. Observa que a pitada de messianismo em verbalizações desse tipo é evidente. O interesse do autor, além de fornecer os textos de posse dos governantes, é o de confrontar se as intenções corresponderam à prática. E revela uma conclusão: em muitos casos, os administradores tornam-se reféns de conjunturas adversas e chegam ao desalento quando não realizam metas idealizadas. “Mas eles estavam sendo verdadeiros e sinceros no instante crucial da sua hora da verdade. Destilaram emoções abastecidas por utopias, e esta foi a forma de obter respaldo para materializar propostas que conceberam””, declara.
A apreciação feita, como convém a Nonato, tem cunho jornalístico e nutre-se da isenção possível, citando fatos documentados ou de repercussão pública. Citando o professor João Paulo Peixoto, da UnB, Nonato diz que retórica é faca de dois gumes, pelo risco de gerar desapontamento caso não se traduza em fatos. “Não é absurdo que possa acontecer esse hiato entre a espera e a esperança, expressão a que recorreu Marcondes num dos inúmeros pronunciamentos de sua trajetória política e parlamentar”.
A obra focaliza, além de Agripino e Ricardo Coutinho, os governadores Ernani Sátyro, Ivan Bichara Sobreira, Tarcísio Burity (duas vezes), Wilson Braga, Ronaldo Cunha Lima, Antônio Mariz, José Maranhão (três mandatos), Cícero Lucena (que assumiu por dez meses), Milton Cabral (que governou por quase um ano como governador-tampão), além de dedicar um capítulo sobre vices, como José Carlos da Silva Júnior, Clóvis Bezerra, Roberto Paulino, Lauremília Lucena, José Lacerda Neto, Rômulo Gouveia. Há referência sobre Raymundo Asfora, eleito na chapa de Burity em 86 e que faleceu antes de tomar posse, em circunstâncias misteriosas, na granja Uirapuru, em Campina Grande. 
Do Portal Correio com Assessoria de Comunicação

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