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Bem votados são derrotados na Paraíba

Bem votados são derrotados na ParaíbaOitenta e nove candidatos a vereador, dos dez maiores colégios eleitorais da Paraíba - Bayeux, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa, Guarabira, Patos, Sapé, Santa Rita e Sousa -, foram vítimas do quociente eleitoral nas eleições de outubro deste ano. Eles tiveram votação expressiva, mas não conseguiram se eleger, enquanto concorrentes com bem menos garantiram uma cadeira no Legislativo municipal.

Devido ao quociente eleitoral ficaram de fora 23 candidatos do município de Santa Rita, 20 em Campina Grande, 11 em João Pessoa e Patos, sete em Cabedelo, seis em Sousa, quatro em Sapé, três em Cajazeiras e dois nas cidades de Guarabira e Bayeux.

O Pastor Miguel Arcanjo (PRB) foi dos que ficou de fora da Câmara Municipal de João Pessoa devido ao quociente eleitoral. Ele foi o décimo candidato mais votado com 4.756 votos, mas ficou de fora da Câmara Municipal da Capital. Os vereadores Sandra Marrocos e Mangueira (PMDB) vivenciam a mesma situação e não conseguiram se reeleger. Por outro lado, Santino (PT do B) com 2.548 e Sérgio da Sac com 2.522 garantiram um assento na Casa Napoleão Laureano. Eles foram os dois candidatos menos votados na eleição de outubro passado.

Além deles, mais 15 candidatos foram eleitos com menos votos do que Miguel Arcanjo. “Desde que eu me entendo de gente na política que sou contra isso. De tanto ser contra fui vítima desse sistema”, disse o pastor reclamando do sistema eleitoral proporcional.

Em Campina Grande, o quociente eleitoral deixou os vereadores Ivonete Ludgério (PSB) e João Dantas (PSD) e mais 18 candidatos fora da próxima legislatura. A socialista, que tentava o terceiro mandato, foi a oitava mais votada com 3.622 votos e Dantas o nono com 3.504. “Infelizmente, por conta da legenda, mesmo sendo a oitava mais votada não consegui me reeleger. Por outro lado, várias pessoas que tiveram menos votos do que eu foram eleitas”, lamentou a parlamentar.

Quociente eleitoral 

O pastor Miguel Arcanjo (PRB) acha o sistema eleitoral proporcional extremamente injusto. Ele defende um o voto direto como forma de escolha de vereadores, deputas estaduais e federais. “Se tem 27 vagas para vereador que seja eleito os 27 mais votados, da mesma forma deveria acontecer na Assembleia e na Câmara”, reclamou o religioso.

Miguel Arcanjo contou que sempre foi contra o sistema proporcional. “Essa é a maior injustiça que existe”, desabafou. Ele disse ainda que desde que entrou na vida pública que luta contra essa forma de escolha de parlamentares.

Na ocasião questionou a democracia existente na eleição para as casas legislativas. “Dizem que no processo democrático prevalece à vontade a maioria, mas como é que a vontade de pouco mais de duas mil pessoas prevalece sobre a de mais de cinco mil”, indagou o pastor se referindo à votação que obteve e de outros candidatos que se elegeram com bem menos votos.

“Nesse sistema o que prevalece é a vontade dos donos dos partidos grande e não a vontade do povo”, disparou Miguel Arcanjo, lamentado a não eleição. “Fazer o que se tive quase cinco mil votos e fiquei de fora, enquanto quem teve metade dos meus votos foi eleito. Agora, é me preparar para 2016. Não tem outra coisa a se fazer”, concluiu. Sandra Marrocos

Apesar de ter conseguido votação maior do que a de dez candidatos eleitos, os 3.759 votos dados a vereadora Sandra Marrocos (PSB) não foram suficientes para lhe garantir a reeleição para a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). A socialista disse que há muito tempo vem tentando levantar a discussão sobre as mudanças no sistema eleitoral proporcional.

Ivonete Ludgério lamenta

Na cidade de Campina Grande, conhecida como Rainha da Borborema, 15 candidatos receberam menos votos do que os 3.622 obtidos pela vereadora Ivonete Ludgerio (PSB) – que não conseguiu se reeleger, e garantiram um assento na Câmara Municipal. A vereadora disse que, no sistema eleitoral proporcional, a vontade da população não é soberana Ivonete lamentou não ter sido eleita, mesmo obtendo uma das maiores votações na cidade.

Assim como os não eleitos em João Pessoa, Ivonete também defendeu a reforma política como a única fora de corrigir essa situação. “Sei que se a reforma política for aprovada no próximo ano não vou me beneficiar, mas pelo menos evitará que outras pessoas passem pelo que eu estou passando”, desabafou.


Do PB Agora com Jornal Correio

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