Assim que
recebeu a carta de demissão, Dilma conversou ao telefone com o presidente do
PP, Francisco Dornelles. "Acabei de falar com a presidenta, Aguinaldo é o
novo ministro", disse Dornelles.
Parlamentar
de primeiro mandato, Aguinaldo Ribeiro chegou a ter seu nome confundido pelo
próprio presidente do PP. Em uma rápida entrevista concedida para formalizar a
troca, Dornelles chegou a chamar o novo ministro de "Aguinaldo
Muniz". Mas ressaltou que o indicado é "competente, trabalhador e
muito representativo para a bancada".
A situação de Negromonte complicou-se
progressivamente desde que veio à tona a notícia de uma suposta fraude em uma obra da Copa do Mundo
sob guarda-chuva do ministério. Na época, o ministro reconheceu que
houve uma revisão em um parecer técnico referente à obra,
mas sempre negou que a operação caracterizasse uma fraude. Aos poucos, o
ministro viu-se desgastado junto ao governo e ao seu próprio partido.
Na semana passada, o quadro agravou-se apósa Casa Civil do governo demitir o chefe de gabinete de
Negromonte. O ministro, então, passou a se queixar da falta de apoio
político e avisou a aliados que sentia pressionado a deixar o posto.
Com a demissão de Negromonte, sobe para sete o número de ministros que deixaram o
governo sob denúncias. Além do titular das Cidades, Dilma perdeu em
apenas 13 meses de governo Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento
(Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando
Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho).
Além
disso, Nelson Jobim (Defesa) deixou a Esplanada desgastado após uma série de
declarações polêmicas sobre o governo e outros ministros. Recentemente, a lista
de membros do primeiro escalão que deixaram o governo foi reforçada por
Fernando Haddad, da Educação. Nesse caso, entretanto, a saída ocorreu a pedido,
já que o ex-ministro pretende se lançar candidato à Prefeitura de São Paulo na
eleição deste ano.
iG São
Paulo e Agência Es
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